Mirin e saúde intestinal
O mirin é um vinho de arroz japonês doce, usado frequentemente na culinária, especialmente em molhos e marinadas. O seu processo de fermentação e teor de açúcar tornam-no um condimento único, mas também levantam várias questões para a saúde intestinal.
- Alto teor de histamina devido à fermentação, frequentemente problemático para intolerância à histamina
- Não é isento de FODMAP; pode conter frutose e açúcares em excesso
- Contém álcool (normalmente 10–14%), que pode irritar intestinos sensíveis
- Sem fibra; não apoia diretamente a microbiota intestinal
- Possível contaminação com glúten, verifique os rótulos se for sensível
- Pode conter conservantes como benzoatos ou sulfitos
Mirin e teor de FODMAP
O mirin não é considerado isento de FODMAP. Contém açúcares, incluindo glucose e, dependendo do tipo e do processo de produção, pode conter frutose em excesso. Para pessoas com má absorção de frutose ou que seguem uma dieta baixa em FODMAP, o mirin pode desencadear sintomas como inchaço ou desconforto, especialmente em quantidades maiores. Verifique sempre os rótulos quanto ao teor de açúcar e utilize com moderação se for sensível.
| FODMAPs | Nível | Orientação de porções |
|---|---|---|
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Monossacáridos (Frutose)
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Moderado |
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Dissacáridos (Lactose)
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Baixo | — |
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Frutooligossacarídeos (Frutanos)
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Baixo | — |
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Galactooligossacarídeos (GOS)
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Baixo | — |
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Polióis (Manitol)
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Baixo | — |
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Polióis (Sorbitol)
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Baixo | — |
Histamina e mirin: fermentação e intolerância
O mirin é um produto fermentado e tem alto teor de histamina, tornando-o inadequado para pessoas com intolerância à histamina. Pode também atuar como libertador de histamina, agravando sintomas como dores de cabeça, rubor ou desconforto digestivo. Quem tem ativação de mastócitos ou problemas relacionados com histamina deve evitar mirin e outros condimentos fermentados.
| Histamina e relacionados | Nível | Orientação de porções |
|---|---|---|
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Nível de histamina
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Elevado |
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Outras aminas biogénicas
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Baixo–Moderado |
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Libertador de histamina
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Moderado | — |
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Inibidor da DAO
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Baixo | — |
Teor de álcool e irritação intestinal
O mirin normalmente contém entre 10 e 14% de álcool e, mesmo após a cozedura, pode restar algum álcool residual. O álcool pode irritar a mucosa intestinal, agravar o refluxo e piorar sintomas em pessoas sensíveis ou com doenças gastrointestinais. Se tem sensibilidade ao álcool ou inflamação intestinal, utilize mirin com precaução ou opte por alternativas sem álcool.
Glúten e riscos de contaminação cruzada
Embora o mirin seja feito de arroz, algumas marcas podem usar enzimas de cevada ou trigo no processo de produção, ou estar sujeitas a contaminação cruzada. Isto representa um risco para pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. Verifique sempre o rótulo quanto à presença de ingredientes com glúten ou certificações antes de consumir mirin se precisar de evitar o glúten.
Conservantes e aditivos no mirin comercial
O mirin comercial pode conter conservantes como benzoatos ou sulfitos, que podem desencadear reações em pessoas sensíveis. Alguns produtos podem também conter intensificadores de sabor ou corantes. Se tem sensibilidade a aditivos alimentares, leia atentamente a lista de ingredientes e opte por mirin tradicional ou sem aditivos sempre que possível.
Mirin e teor de fibra
O mirin não contém fibra alimentar, por isso não contribui para o suporte da microbiota intestinal nem para a regularidade intestinal. O seu impacto na saúde intestinal resulta principalmente dos açúcares, do álcool e dos subprodutos da fermentação, e não de benefícios prebióticos ou relacionados com fibra.